Feminista não, feminina se faz favor!
O dia da mulher passou-me ao lado, como sempre. Para mim, as mulheres são como os homens, tal e qual, e não valem só por serem mulheres. Algumas valem por serem seres humanos fora de série, especiais, multifacetados, inteligentes e lutadores. Outras não valem um caracol, e daqueles que não servem nem para comer. Tal como os homens, como disse.
A minha relação com as outras mulheres é boa, mas porque escolho muito, muito bem aquelas com que me relaciono. E nisto, tenho que confessar, sou craque. O meu "avaliador de carácteres" interno é tal e qual o nosso presidente, raramente tem dúvidas e (quase) nunca se engana. Todas as mulheres sabem porque temos tendência em ir juntas às casa-de-banho públicas... sim, o verdadeiro predador territorial da nossa espécie é a fêmea, desenganem-se...
Se pensar bem, até me relaciono melhor com mulheres do que com certo tipo de homens, e tive que aprender, desde cedo, a desconfiar da amizade (de alguns) deles. Sim, que aquilo é uma raça tramada, que vive obcecada com os seus "instintos" (chamemos-lhe assim, vá!) e confunde amiúde simpatia e curiosidade e interesse pelo outro, com entusiasmo de cariz reprodutivo. Então se a gaja tiver meio palmo de cara e de pernas (rabo, mamas, whatever, que eles nisso não são esquisitos) é uma dificuldade manter uma relação civilizada!
Depois de reflectir, julgo que não sou feminista porque não aprecio essas efemérides nem os encontros sociais só de mulheres, não vejo qual a necessidade e muito menos qual a diversão. Aprecio, isso sim, uma boa conversa de amigas, daquelas para alinhavar coisas só nossas, femininas. Ou ir às compras, que eu bem gosto de sapatos, vestidos, brincos e coisinhas assim giras e cheirosas.
Também gosto de finos, minis e tremoços, e de estar no café simplesmente na parvoeira, como os gajos. E acho que tenho todo o direito de o fazer, assim como de ser dona do meu nariz. Se sempre fui melhor aluna que os rapazes das minhas turmas, hão-de explicar-me (com jeitinho!) porque raio a sociedade poderia ter alguma pretenção de determinar o meu estilo de vida, ou se tenho ou não direito a fazer tudo o que os homens fazem, se me apetecer? Essa era bem boa, agora sim!
A questão é que simplesmente não me apetece, e ainda bem. Não sou feminista, sou feminina, o que não é bem a mesma coisa.
Comentários
Gostei desta tua interpretação e filosofia de vida associada...!!!
Não queimarás portanto o teu soutien...;)
Jinhos:)
E pronto, a minha estreia aqui nos comentários!
Um beijinho
O dia da árvore faz sentido. Planta-se uma árvore e tal... e nos dias que correm, se não começarem a fazer mais dias da árvores, daqui a uns anos não se consegue respirar.
No dia da mulher que se faz? Hein? não se plantam mulheres! Pior que isso... juntam-se todas para ir fazer escarcel para o restaurante, seguindo para um bar qualquer muito possivelmente com um boneco insuflável a fazer striptease... a continuar o escarcel, como se nunca tivessem saído de casa.
Para ser sincera, tenho vergonha de sair de casa à noite no dia da mulher! A qualquer restaurante ou bar que se vá, são notórias as semelhanças com o curral das galinhas da minha tia Quitas.
Beijo mix!
Filosofia rebelde, como diz mamãe. :) E queimar o soutien? Isso é que era bom!!! Se bem que não me faz muita falta, não... :D :D
Beiji**
Denise,
Obrigada, tu também és uma mulher muito mulher. :)
Bem-vinda!
Beiji** :)
Mix,
Por isso é que nos entendemos, carago!
Beiji** e cumprimentos à Ti Quitas e às galinhas dela :)
Sabes, Celeste, até há bem pouco tempo atrás, eu também me sentia quase insultada pela existência do Dia da Mulher. Achava que era uma forma de paternalismo chauvinista em relação a nós. Até que descobri o porquê da existência deste dia, e cito: " Neste dia, do ano de 1857, as operárias têxteis de uma fábrica de Nova Iorque entraram em greve, ocupando a fábrica, para reivindicarem a redução de um horário de mais de 16 horas por dia para 10 horas. Estas operárias que, nas suas 16 horas, recebiam menos de um terço do salário dos homens, foram fechadas na fábrica onde, entretanto, se declarara um incêndio, e cerca de 130 mulheres morreram queimadas. Em 1910, numa conferência internacional de mulheres realizada na Dinamarca, foi decidido, em homenagem àquelas mulheres, comemorar o 8 de Março como "Dia Internacional da Mulher". " Depois de saber isto, passei a dar muito valor a este dia porque é uma homenagem a mulheres corajosas e que morreram por lutarem por muito daquilo que eu, como mulher, usufruo e tenho por garantido desde que nasci.
Quanto ao resto, só posso dizer que é por estas e por outras que gosto de ti e de vir a este sítio :)
Beijinho